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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Lançado Decreto que Cria Centro de Referência do Cão-Guia

O Programa Cão-Guia é destinado ao desenvolvimento de tecnologia assistiva e ao fornecimento de ajuda técnica à pessoa com deficiência visual.

 
Na manhã de quarta-feira, 20 de abril, aconteceram, no Palácio dos Bandeirantes, a Cerimônia de Assinatura do Decreto que cria o "Programa Cão-Guia" e o anúncio da construção do Centro de Referência do Cão-Guia. O evento aconteceu a apenas uma semana de se comemorar o Dia Internacional do Cão Guia, celebrado anualmente na última quarta-feira do mês de abril.
A cerimônia contou com a presença de convidados e autoridades, como a Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Doutora Linamara Rizzo Battistella; o Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin; os representantes do consulado da Índia e México no Brasil; a deputada estadual, Célia Leão; e o Professor Doutor José Antônio Visintin, representando a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, parceria do Programa. Também presentes representantes de importantes instituições que prestam atendimento a pessoas cegas, como Adermir Ramos da Silva Filho, presidente da Fundação Dorina Nowill, e Mara Siaulys, presidente da Associação Laramara.
O objetivo  do Programa é a implementação do Centro de Referência para o Cão-Guia com parceria entre a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com deficiência e a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP. O Centro de Referência será construído em um prédio totalmente sustentável, dentro da própria Universidade de São Paulo - USP.
O valor da obra está orçado em R$ 2,5 milhões. Além da criação e treinamento de cães-guia para pessoas com deficiência visual, o programa definirá os parâmetros em relação ao uso do cão-guia e os métodos de treinamento.
A Secretária Doutora Linamara Rizzo Battistella explicou a importância de projetos como esse.  "Aquestão do cão-guia se coloca na interface da pessoa humana como um elemento importante da acessibilidade. Significa independência, capacidade de autonomia e de comando que a pessoa com deficiência visual deve ter. Esse projeto tem significado modelo e referência para se multiplicar dentro das organizações não governamentais e dentro de outras estruturas públicas". Doutora Linamara ressalta a importância de ter a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP como parceira do projeto. "Não poderíamos escolher um parceiro mais adequado, estamos formando veterinários com essa nova visão. Estamos dando finalmente ao cão um atendimento sanitário que deve ser cuidadoso e totalmente diferenciado do cão amigo, do cão pet. Portanto, estamos criando uma especialização dentro da Veterinária. Estamos criando uma nova dimensão de ajudas técnicas".
Doutora Linamara destacou, ainda, que a ideia original nasceu a partir da sensibilidade da Primeira-dama do Estado de São Paulo, Lú Alckmin. "Ainda quando ela era esposa do então vice-governador de São Paulo, ela cogitou a possibilidade de implementação de programa voltado ao cão-guia. Essa ação de hoje, portanto, devemos muito à sensibilidade da Primeira-dama", afirma a Secretária.
O Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, fez uma relação entre a história mitológica de Homero e Ulisses e o cão como o melhor amigo do homem, "aqui foi bem lembrado o quanto o cão é amigo do homem. Na odisséia de Homero ele diz que Ulisses durante dez anos guerreou contra Troia e depois passou muitos anos perdido no Mediterrâneo. Quando voltou a sua terra natal, quem primeiro o reconheceu foi Argos, o seu cão. Depois disso, após reconhecer Ulisses, o cão morre. Então, o cão é realmente um grande amigo do homem e agora o cão-guia é mais importante ainda". Logo após, o Governador explica como será o trâmite para as pessoas conseguirem um cão-guia. "Nós temos 145 mil pessoas cegas no Estado de São Paulo e mais de 2 milhões com alguma deficiência visual. Esse Centro vai unir a Faculdade de Medicina Veterinária da USP e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Nós já temos os canis que vão doar os filhotes da raça labrador, que é um cão dócil, amoroso, inteligente e bonito, e são esses filhotes que vão para casa das pessoas cegas".
O governador destacou, ainda, que, a  Associação Laramara vai ajudar no trabalho de verificação dos casos que devem receber o cãozinho. Ele (o cão-guia) vai ter um acompanhamento durante vários meses por veterinários e técnicos da USP e depois haverá o treinamento para que ele possa ser o cão-guia e dar mais liberdade as pessoas para ir e vir com segurança com tranqüilidade".
Após o treinamento, os cães habilitados serão encaminhados às pessoas com deficiência visual, que também serão previamente selecionadas e treinadas no Centro de Referência. Todo o processo será gratuito, para a família e a pessoa com deficiência visual.
Informações completas sobre o Programa e o Centro de Referência do Cão Guia:http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/sis/lenoticia.php?id=770

terça-feira, 26 de abril de 2011

Conselho Estadual realiza XV Seminário Estadual da Pessoa com Deficiência

O Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa com Deficiência - CEAPcD, está se preparando para realizar no dia 12 de maio, o XV SEMINARIO ESTADUAL DA PESSOA COM DEFICIENCIA, ocasião em que, em pleito eleitoral, serão eleitos os membros da sociedade civil que o comporão no próximo mandato, gestão 2011/2013.

Os 10 Núcleos Regionais começam os Encontros Regionais a partir do dia 01 de setembro de 2010 até dia 06 de março de 2011, elegendo seus representantes.  No encontro, o Núcleo escolhe dentre as lideranças locais 6 (seis) representantes, sendo 3 (três) representantes das entidades "DE" e 3 (três) das entidades "PARA", que iram concorrer no Seminário Estadual à vaga de Conselheiro Estadual, além de elegeram, também,  o Grupo Coordenador do Núcleo regional. 
Dos 60 (sessenta) delegados eleitos entre setembro e março nas reuniões dos 10 (dez) Núcleos, 20 (vinte) serão selecionados como membros titulares do Conselho, enquanto outros dez serão suplentes, eleitos no Seminário Estadual.  
Os membros eleitos do Conselho terão a responsabilidade de manterem contato freqüente e participação ativa nas reuniões periódicas de seu núcleo, bem como nas plenárias do Conselho, ouvindo e encaminhando as sugestões da sua região.

Acesse:
- Regimento Interno: 

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Lançado Decreto que Cria Centro de Referência do Cão-Guia

O Programa Cão-Guia é destinado ao desenvolvimento de tecnologia assistiva e ao fornecimento de ajuda técnica à pessoa com deficiência visual.

 
Na manhã de quarta-feira, 20 de abril, aconteceram, no Palácio dos Bandeirantes, a Cerimônia de Assinatura do Decreto que cria o "Programa Cão-Guia" e o anúncio da construção do Centro de Referência do Cão-Guia. O evento aconteceu a apenas uma semana de se comemorar o Dia Internacional do Cão Guia, celebrado anualmente na última quarta-feira do mês de abril.
A cerimônia contou com a presença de convidados e autoridades, como a Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Doutora Linamara Rizzo Battistella; o Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin; os representantes do consulado da Índia e México no Brasil; a deputada estadual, Célia Leão; e o Professor Doutor José Antônio Visintin, representando a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, parceria do Programa. Também presentes representantes de importantes instituições que prestam atendimento a pessoas cegas, como Adermir Ramos da Silva Filho, presidente da Fundação Dorina Nowill, e Mara Siaulys, presidente da Associação Laramara.
O objetivo  do Programa é a implementação do Centro de Referência para o Cão-Guia com parceria entre a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com deficiência e a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP. O Centro de Referência será construído em um prédio totalmente sustentável, dentro da própria Universidade de São Paulo - USP.
O valor da obra está orçado em R$ 2,5 milhões. Além da criação e treinamento de cães-guia para pessoas com deficiência visual, o programa definirá os parâmetros em relação ao uso do cão-guia e os métodos de treinamento.
A Secretária Doutora Linamara Rizzo Battistella explicou a importância de projetos como esse.  "Aquestão do cão-guia se coloca na interface da pessoa humana como um elemento importante da acessibilidade. Significa independência, capacidade de autonomia e de comando que a pessoa com deficiência visual deve ter. Esse projeto tem significado modelo e referência para se multiplicar dentro das organizações não governamentais e dentro de outras estruturas públicas". Doutora Linamara ressalta a importância de ter a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP como parceira do projeto. "Não poderíamos escolher um parceiro mais adequado, estamos formando veterinários com essa nova visão. Estamos dando finalmente ao cão um atendimento sanitário que deve ser cuidadoso e totalmente diferenciado do cão amigo, do cão pet. Portanto, estamos criando uma especialização dentro da Veterinária. Estamos criando uma nova dimensão de ajudas técnicas".
Doutora Linamara destacou, ainda, que a ideia original nasceu a partir da sensibilidade da Primeira-dama do Estado de São Paulo, Lú Alckmin. "Ainda quando ela era esposa do então vice-governador de São Paulo, ela cogitou a possibilidade de implementação de programa voltado ao cão-guia. Essa ação de hoje, portanto, devemos muito à sensibilidade da Primeira-dama", afirma a Secretária.
O Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, fez uma relação entre a história mitológica de Homero e Ulisses e o cão como o melhor amigo do homem, "aqui foi bem lembrado o quanto o cão é amigo do homem. Na odisséia de Homero ele diz que Ulisses durante dez anos guerreou contra Troia e depois passou muitos anos perdido no Mediterrâneo. Quando voltou a sua terra natal, quem primeiro o reconheceu foi Argos, o seu cão. Depois disso, após reconhecer Ulisses, o cão morre. Então, o cão é realmente um grande amigo do homem e agora o cão-guia é mais importante ainda". Logo após, o Governador explica como será o trâmite para as pessoas conseguirem um cão-guia. "Nós temos 145 mil pessoas cegas no Estado de São Paulo e mais de 2 milhões com alguma deficiência visual. Esse Centro vai unir a Faculdade de Medicina Veterinária da USP e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Nós já temos os canis que vão doar os filhotes da raça labrador, que é um cão dócil, amoroso, inteligente e bonito, e são esses filhotes que vão para casa das pessoas cegas".
O governador destacou, ainda, que, a  Associação Laramara vai ajudar no trabalho de verificação dos casos que devem receber o cãozinho. Ele (o cão-guia) vai ter um acompanhamento durante vários meses por veterinários e técnicos da USP e depois haverá o treinamento para que ele possa ser o cão-guia e dar mais liberdade as pessoas para ir e vir com segurança com tranqüilidade".
Após o treinamento, os cães habilitados serão encaminhados às pessoas com deficiência visual, que também serão previamente selecionadas e treinadas no Centro de Referência. Todo o processo será gratuito, para a família e a pessoa com deficiência visual.
Informações completas sobre o Programa e o Centro de Referência do Cão Guia:http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/sis/lenoticia.php?id=770

domingo, 24 de abril de 2011

Projetos de estádios não atendem decreto sobre acessibilidade



Brasília, 18 de abril de 2011

A acessibilidade nos estádios que receberão jogos da Copa do Mundo de 2014 norteou os debates da reunião do GT Inclusão de Pessoas com Deficiência, da Procuradoria Geral da República, que ocorreu na última terça-feira, 12/4. O conselheiro federal Kleber dos Santos participou da reunião como convidado. Na ocasião, ele informou aos presentes sobre as audiências públicas “Confea/Crea em Campo”, que estão sendo realizadas nas cidades-sede da Copa, e que são precedidas por ações de fiscalização preventiva e integrada, nas quais é observado o cumprimento da legislação brasileira no tocante à acessibilidade. Os membros do GT manifestaram interesse em participar das próximas audiências.
O debate central na reunião foi sobre os projetos dos estádios e o atendimento ao Decreto nº 5296/2004, que regulamenta a legislação sobre prioridade ao atendimento às pessoas com deficiência e sobre normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. A maioria dos presentes é da posição de que os projetos dos estádios têm de cumprir o decreto, enquanto que os representantes do COL “Comitê Organizados da Copa do Mundo de 2014“ alegam que a adaptação dos projetos ao decreto pode causar transtornos como aumento dos custos e não atendimento dos prazos. A proposta do COL é de colocar assentos especiais nos pavimentos inferiores e térreos.
O representante do Ministério do Esporte, Luciano Portilho Mattos, informou que posição do Ministério é que se cumpra a legislação, uma vez que, inclusive, há artigos específicos sobre acessibilidade no Estatuto do Torcedor. Segundo ele, a aprovação dos projetos dos estádios sem que cumpram o disposto no decreto significa uma “afronta”. O artigo 23 do decreto estabelece que pelo menos dois por cento da lotação de estabelecimentos como teatros, cinemas, auditórios e, inclusive, estádios e ginásios de esportes, devem ser destinados a pessoas com cadeiras de rodas e distribuídos pelo recinto em locais diversos, de boa visibilidade, próximos a corredores sinalizados.
A coordenadora-geral de Acessibilidade da Subsecretaria Nacional da Pessoa com Deficiência (SNDP) (vinculada à Secretaria de Direitos Humanos), Ângela Carneiro da Cunha, citou que o Fórum da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) discutiu e entendeu que o percentual de dois por cento para pessoas em cadeiras de rodas previsto no decreto pode ser compreendido como um por cento para o cadeirante e um por cento para o acompanhante. Ela destacou que a posição da Secretaria é também para o atendimento e serviços de apoio para pessoas com outros tipos de deficiência, não exclusivamente referente à mobilidade.
Já o presidente do Conade - Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência -, Moisés Bauer Luiz, destacou sua discordância com a proposta de interpretação normativa da ABNT. Na visão dele, o decreto é claro em atribuir os dois por cento para pessoas em cadeira de rodas. Para ele, a única alternativa seria reformular o decreto diminuindo esse percentual no caso de estádios de futebol. O presidente do Conade disse acreditar que o Conselho não vetaria um percentual menor na legislação, desde que a acessibilidade plena fosse respeitada.
O decreto estabelece: “Art. 23. Os teatros, cinemas, auditórios, estádios, ginásios de esporte, casas de espetáculos, salas de conferências e similares reservarão, pelo menos, dois por cento da lotação do estabelecimento para pessoas em cadeira de rodas, distribuídos pelo recinto em locais diversos, de boa visibilidade, próximos aos corredores, devidamente sinalizados, evitando-se áreas segregadas de público e a obstrução das saídas, em conformidade com as normas técnicas de acessibilidade da ABNT.”
Os representantes COL, no entanto, argumentam que a implantação da acessibilidade é complexa. Fábio Carvalho e Thiago Pelakauskas consideram o índice de dois por cento muito elevado. Eles ressaltaram a inviabilidade da adaptação dos projetos ao que estabelece o decreto, o que aumentaria os custos das obras em andamento e alteração nas licitações. Também destacaram a necessidade de se adaptar os meios de transporte que servem os estádios com os mesmos percentuais estabelecidos. Presente à reunião, a gerente de Projetos do Ministério das Cidades, Magda Hennes, informou que o Pró-Transporte (programa de financiamento com recurso do FGTS) contempla acessibilidade. Além disso, ela disse que, projetos de infraestrutura viária devem estar de acordo com o Decreto nº 5296/2004 e com normas da ABNT.
O GT aguarda uma manifestação oficial do Conade, que balizará o posicionamento do Ministério Público Federal (MPF), e solicita ao COL que seja estudada a inclusão dos dois por cento de assentos para cadeirantes nos projetos dos estádios.

Fonte: Beatriz Leal - Assessoria de Comunicação do Confea
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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Claudia Rodrigues e a esclerose multipla

  1. Claudia Rodrigues
A matéria abaixo foi extraída do blog  “Ligeirinho do Rádio” do amigo e radialistaEdson Xavier.
O sorriso com que a atriz e humorista Claudia Rodrigues recebeu a reportagem de ÉPOCA sumiu quando ela notou a presença do fotógrafo. “Vai ter fotografia? Não gosto de foto, prefiro vídeo”, disse, na sala de seu apartamento na Gávea, no Rio de Janeiro, uma cobertura com vista para a Lagoa Rodrigo de Freitas, o mar e o Cristo Redentor. Claudia estava vestida à vontade e sem maquiagem. Para ficar arrumada, limitou-se a pôr brincos e um vestido. “Nem um batonzinho?”, disse Lucia Colucci, sua agente. Não. Após a foto, desfez a produção. “Voltei a ser eu”, afirma, satisfeita. Em vários sentidos, Claudia quer voltar a ser ela mesma.
Claudia é portadora de esclerose múltipla, doença que atinge cerca de 35 mil brasileiros e provoca sintomas como perda de memória, dificuldades motoras e na fala. A doença foi diagnosticada há cerca de dez anos. Os sintomas se agravaram em 2009, levando ao cancelamento das gravações da série A diarista, em que interpretava a protagonista Marinete. Ela se afastou para fazer tratamento. Quase dois anos depois, melhor, ensaia a volta ao trabalho. Na semana passada, aguardava resposta sobre a volta da personagem Ofélia em Zorra total. Acompanhada de sua agente (“ela sou eu”, diz sobre a proximidade das duas), Claudia falou do período em que a doença atingiu seu estágio mais severo e de sua recuperação.
ENTREVISTA – CLAUDIA RODRIGUES
QUEM É
Formada em educação física pela Universidade Gama Filho, seguiu carreira como atriz e comediante. Estudou artes cênicas no Teatro Escola da Rosane Gofman. É mãe de Iza, de 8 anos.
O QUE FEZ
Fez filmes como Xuxa popstar e programas humorísticos de televisão como Escolinha do Professor Raimundo, Sai de baixo, Zorra total e A diarista.
ÉPOCA – Como você descobriu que sofria de esclerose múltipla?
Claudia Rodrigues – Estava na peça Monólogos da vagina, em São Paulo, quando senti uma dormência no braço esquerdo. Achei que fosse cansaço ou algum problema de coluna. O pessoal da produção disse que eu poderia estar infartando, então fui ao hospital. Segunda-feira eu vim a uma clínica no Rio. Fiz exames, não deu nada. A médica pediu ressonância do cérebro. Eu respondi: “Minha cabeça é vazia, mas se você quiser ver…”. Uma médica entrou e disse: “Chamei outro médico para falar com você”. Perguntei o que eu tinha. Ela disse: “Ah, o neurologista vai te explicar”. Ele entrou e foi bem direto: “Esclerose múltipla”. O nome não me dizia muita coisa, mas assustou. O médico disse que eu poderia ter uma vida normal e mais para frente poderia sentir alguma coisa. Saí do quarto e me acabei de chorar. Voltei e perguntei: “Doutor, tenho uma pergunta só: vou poder ser mãe?”. Ele disse que sim. Fiquei um pouco mais tranquila.
ÉPOCA – Quando a doença passou a incomodar?
Claudia – Foi por volta de junho de 2009. Passei a sofrer problemas de memória durante as gravações de A diarista. Eu nunca tinha problemas para decorar textos. Me passavam em cima da hora, eu ia lá e fazia. Nunca tinha pedido texto no meio da gravação. O esquecimento me abateu. As gravações foram interrompidas. Fiquei chateada.
ÉPOCA – Como a doença a afetava?
Claudia – Não conseguia nem falar, né? Eu falava era um “blã, blã, blã”. Eu tinha dificuldades para andar. Agora estou andando melhor. E a memória, né?
ÉPOCA – Como foi interromper a carreira?
Claudia – Foi muito complicado. Eu sou formada em educação física, dei aulas por três anos. Não sinto muitas saudades. Me descobri atriz. Não sei fazer outra coisa. Minha mãe até perguntava se eu iria ficar parada em casa. “Mãe, eu só quero atuar.” (Silêncio.) Fico chateada. Não tinha costume de ficar em casa. Agora fico muito tempo aqui.
Claudia Rodrigues
Claudia Rodrigues interpretando "Ophélia em Zorra Total"
ÉPOCA – Como era sua rotina nos primeiros meses?
Claudia – Não era nada. Ficava o tempo todo em casa, montando quebra-cabeça e cuidando da minha filha (Iza, de 8 anos).
ÉPOCA – O que mais você fazia?
Claudia – Quando era criança, eu tinha mania de passar trotes. E voltei a passar. Eu digo que hoje é dia do Mc Lanche Feliz e pergunto à pessoa qual a loja mais próxima. Aí eu falo, falo, falo, falo… Liguei para algumas amigas que diziam com um “não posso” ou eram grosseiras. Eu chamava de sem coração. Alguns desligavam na minha cara. Era minha onda passar trote. Eu esculachava geral quem não comprava.
“Eu vejo televisão e penso: ‘Por que não estou lá?’. Não quero tomar o papel de ninguém. Só quero atuar”.
ÉPOCA – Você não sentia vontade de sair de casa?
Claudia – Não. As pessoas me chamavam, mas eu não saía. Minha mãe me mandava para a rua. Eu dizia “não quero, para quê?”. Todo mundo vira para você e pergunta “quando você volta?”. “Já, já”, eu respondia. “Mas quando?” “Meu amor, não sei quando, mas já já, eu estou em tratamento e…” “Ah, minha tia também sofre desse problema, sabia?” “Ah, manda um beijo para sua tia.” É chato. Como eu não quero ser grossa, prefiro não sair.
Sempre tem alguém para te botar para baixo. Eu entrei no Facebook, mas quero sair. Vem alguém e escreve “conheço uma igreja, queria muito que você fosse…”. Outro me pergunta se eu conheço Jesus… sim, conheço Jesus. Minha mãe é católica e eu estudei em colégio batista.
ÉPOCA – Como é ficar sem atuar?
Claudia – Eu vejo televisão e penso: “Por que eu não estou lá?”. Não quero tomar o papel de ninguém. Só quero atuar. Depois que você sai do foco, as pessoas te esquecem.
ÉPOCA – E o tratamento?
Claudia – Eu fiz em São Paulo. Logo eu, que sempre fiz piada de São Paulo, uma cidade com muita gente, prédio pra caramba, com pessoas que falam mal de carioca… (a agente, paulistana, faz cara feia). Não adianta fazer essa cara, não (risos). Me consultei com o doutor Charles Tibery, do (Hospital Albert) Einstein. Eu falei: “Meu cérebro não está bom, né?”. Ele disse que não. “Então tchau”, respondi. Ele disse: “Tchau, não. Você vai ficar aqui uns dias”. Comecei a tomar o natalizumabe (medicamento) e melhorei muito.
ÉPOCA – E hoje, você acha que está boa?
Claudia – Minha memória está bacana. Coisas de que eu não lembrava, como números de telefone, agora eu me lembro. Outro dia lembrei da minha matrícula da faculdade. Eu me sinto bem.
ÉPOCA – O que pretende fazer agora?
Claudia – Se Deus quiser, sexta-feira vou ao Projac e gravo uma Ofélia. Tomara que seja a primeira de muitas.
ÉPOCA – Ansiosa?
Claudia – Mais ou menos. Quero voltar a interpretar e fazer bem o papel.
ÉPOCA – Alguma insegurança?
Claudia – Não.
ÉPOCA – Você ensaia em casa?
Claudia – Não.
ÉPOCA – Alguma personagem que você viveu lhe serve de inspiração?
Claudia – A Thalía (da Escolinha do Professor Raimundo, que tinha o bordão “vou beijar muuitoo”). Ela é uma mulher que eu queria ser. É péssima, mas se acha “a” mulher. Ela tem uma autoestima muito forte. A Marinete (protagonista de A diarista) é muito correta, muito honesta. Não que eu não seja honesta! (Risos.)


Fonte: Revista Época e Deficiente Ciente

domingo, 17 de abril de 2011

Câmara Municipal São Paulo aprova CPI da acessibilidade

Em 5/04/2011 vereadores aprovam instalação de duas CPIs na Câmara Municipal de São Paulo uma delas é a CPI da Acessibilidade.
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta terça-feira, 05 de abril, a instalação de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs): a da Acessibilidade, requerida pelo vereador Gilberto Natalini (PSDB), e a da Eletropaulo, requerida pelo vereador Antonio Donato (PT).

Cada uma das comissões terá nove membros e no máximo 15 dias para instalação dos trabalhos, que têm duração de 120 dias, prorrogáveis por mais 120. Nesse período, os líderes de cada partido indicarão seus representantes. Conforme regimento interno da Casa, o próprio proponente da CPI será o presidente da comissão.
O objetivo da CPI da Acessibilidade será investigar irregularidades na efetiva aplicação da política de acessibilidade em São Paulo. Segundo Natalini, a ideia é tentar proporcionar acesso aos portadores de necessidades especiais às áreas públicas e privadas da capital paulista que ainda não se adequaram às leis.
Além de Natalini, a comissão será composta por outro vereador do PSDB, dois do PT, um do PR, um do PSB, um do PV, um do PTB e um do DEM. A relatoria desta CPI será do vereador Quito Formiga (PR).
“A CPI pretende fazer um levantamento científico para embasar com conhecimento real o que precisamos fazer na cidade. Chamar todas as pessoas envolvidas nisso, sejam elas do governo, de empresas ou da sociedade civil organizada. Chamá-los para ver a responsabilidade de cada um, o que estão fazendo, pensando e o que a cidade pode melhorar para incluir seus cidadãos com dificuldades de acesso”, disse o vereador Natalini.
CPI da Eletropaulo
Já a CPI da Eletropaulo pretende investigar os motivos do atraso da Eletropaulo em cumprir obrigações legais de concessionária pública, bem como fatos relacionados ao fornecimento, manutenção e expansão da rede de energia elétrica e iluminação pública na cidade de São Paulo.

A CPI da Eletropaulo será presidida pelo vereador Donato (PT) e terá o vereador Domingos Dissei (DEM) como relator. No requerimento lido em plenário nesta terça, o presidente da Casa, vereador José Police Neto (PSDB), referendou a composição da comissão com as seguintes bancadas: dois vereadores do PT, dois do PSDB e outros cinco do DEM, PR, PSB, PV e PTB, que terão um assento na CPI cada um.
Informações retiradas do site da Câmara Municipal de São Paulo em (05/04/2011 – 19h17)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Presença do veículo CANTA na Reatech 2011

Veículo Canta
CANTA é o novo quadriciclo adaptado para ser conduzido através da cadeira de rodas e com total estabilidade. Todos os comandos de controle do veículo são completamente acessíveis a partir da cadeira de rodas. Esse carro foi produzido em Portugal.

Segundo o português Manuel Feijão da empresa Vexelpor,  “os preços serão os de referência com os de Portugal, tendo em atenção os custos de transporte. O valor a determinar será em acordo aí efectuado, uma vez que o Sr. Paulo Bolou, promotor de vendas que estará presente na Feira Reatech, dispõe de todos os documentos legais para a futura comercialização do CANTA em todo o Brasil e que se encontra disponível para efectuar parcerias e acordos para que a autonomia das pessoas portadoras de deficiência se torne também uma realidade no Brasil.”

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Secretaria realiza encontro com instituições sobre ações inclusivas

No dia 13 de abril, na sede da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em São Paulo, reuniram-se representantes de instituições que atuam na área da deficiência para o encontro "Vozes e Sinais da Sociedade Civil Organizada - "Construindo Diretrizes para o Plano Estadual de Ação de Garantia de Direitos das Pessoas com Deficiência".

Este encontro é fruto de uma parceria celebrada entre a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência  e a Apae de São Paulo. O  objetivo é coletar, junto às organizações da sociedade civil, subsídios para a elaboração de diretrizes para implementação da política pública estadual em prol das pessoas com todos os tipos de deficiência.
A Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Doutora Linamara Rizzo Battistella, fez abertura e mencionou: "Vamos construir uma política que possa ser efetivamente compartilhada pelo usuário, pelo familiar e pelos profissionais. Retomar e resgatar este triângulo: sociedade, profissionais e instituições. O Estado não pode abrir mão do conhecimento e da força que as instituições da sociedade civil, das instituições do terceiro setor e que as universidades têm. Ao contrário, o Estado precisa se alinhar a este conhecimento, a essa ação, para que possamos capitalizar as nossas atividades até alcançar cada um dos munícipes. Isto só se faz a partir deste alinhamento, entre Estado, organizações sociais de interesse público, universidades e o próprio usuário, o próprio interessado".
O encontro reuniu cerca de 60 participantes. Este número justifica-se em função de uma metodologia de construção coletiva do conhecimento.  Ao longo do projeto, foram realizados outros quatro encontros no Estado de São Paulo - Marília, Aparecida, Araraquara e São José do Rio Preto - sempre buscando debater as políticas necessárias para as pessoas com todos os tipos de deficiência nas áreas de assistência social, saúde, educação e trabalho. As vozes e sinais da sociedade civil, extraídos nestes encontros, auxiliarão na construção de políticas públicas e do plano de ações da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência para os próximos anos.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Pessoas com deficiência testam carros adaptados

Deficientes testam cinco modelos de carros adaptados
Na maior feira de produtos para pessoas com deficiência, a Reatech, que começa nesta quinta-feira em São Paulo, os carros são a grande sensação. Afinal, simbolizam a independência de muitos deficientes físicos, como a de Cleonice Faria, 25.

“Poucos sabem as dificuldades que superamos, e o automóvel é a chave da mobilidade”, diz a deficiente, que cruza São Paulo ao volante de um Honda Fit adaptado.
Sua paralisia cerebral, no entanto, só afeta os movimentos das pernas e do braço direito, não o seu humor.
Modelo fotográfica, Cleo lembra de seu maior apuro. “Foi quando bateram na traseira do meu carro e a cadeira de rodas ficou presa no porta-malas. Ainda bem que eu sou ‘flex’ e ando também com muletas”, brinca.
Ela e mais quatro motoristas (com deficiências distintas) avaliaram, a convite da Folha, cinco automóveis com propostas bem diferentes todos com adaptações.
Na batalha, a minivan Livina (Nissan), o jipinho EcoSport (Ford), o hatch Gol (VW) e o sedã Siena (Fiat) desafiam a honra do versátil, porém caro, Honda City, eleito o melhor carro do ano para pessoas com deficiência, segundo a Revista Nacional de Reabilitação.
Mas, antes de dar seu veredito, a cadeirante Márcia Bueno explica como analisa um carro: de trás para frente.
“Primeiro olho se o bagageiro acomoda bem a cadeira de rodas. Depois, a cabine [acesso aos comando, facilidade de embarque] e, por último, desempenho e aparência”, conta a administradora.
Com 1,30 m de altura, o técnico em informática Leonardo Pinheiro, 30, diz estar acostumado a dirigir com almofada sobre o banco e prolongadores nos pedais.
“Fechar a tampa alta do bagageiro de peruas e hatches é complicado. Meu braço não a alcança”, reclama. Para ele, os sedãs são mais práticos.
Pinheiro, Faria e Bueno se unem para apontar o City como o vencedor do teste
Apesar de ter melhor preço, além de dirigibilidade e espaço interno parecidos com os do Honda, a Livina recebe “só” a medalha de prata, pois esquece de oferecer ajustes de altura do banco e do cinto de segurança, mesmo sendo a versão SL automática, a topo de linha da Nissan.
Deficientes testam cinco modelos de carros adaptados
DUELO

Quem assistiu no kartódromo da Granja Viana o pega entre o piloto Felipe Massa e o atual campeão brasileiro de parakart, Thiago Cenjor, 30, não poderia imaginar que este dirigia só com as mãos “”um tiro o deixara sem o movimento das pernas.
No carro de Cenjor, os comandos do pedal também são adaptados. Empurrando para frente uma alavanca embaixo da seta, o veículo freia; puxando-a, acelera.
A mão direita segura firme o pomo que gira o volante para contornar as curvas. A manobra, no entanto, exige um esforço extra do braço torneado do atleta. “A direção elétrica [da Livina] é mais leve e melhor que a hidráulica, para deficientes”, opina.
Com conhecimento mecânico afinado no box de autódromos, Cenjor critica também o funcionamento áspero dos câmbios automatizados do Siena 1.6 e do Gol 1.6.
O Fiat parece dar ainda mais trancos nas trocas robotizadas “”câmbios automáticos, mais sofisticados, usam conversor de torque, mas custam o dobro (R$ 5.000).
É o motor 2.0 do EcoSport, porém, que encanta o administrador Diego Lucas Madeira, 27, que se intitula um “pé de chumbo”. “Só o direito”, ironiza o amputado de perna esquerda. “Meu pai fala que Deus tinha que me convocar para um recall.”
Madeira afirma guiar qualquer carro sem nenhuma dificuldade, desde que não tenha pedal de embreagem.
DETALHES TÃO PEQUENOS
Nem sempre um item considerado de luxo pelas montadoras tem o mesmo valor para os deficientes, como o botão para dar a partida do motor (do Renault Fluence) ou o freio de mão eletrônico (da Citroën C4 Picasso).
Para quem não tem força na mão direita, por exemplo, até o sistema de destravamento da alavanca do câmbio automático tem de ser fácil de acionar. O botão atrás é melhor que o lateral.
“Regulagem de inclinação boa para o encosto do banco é aquela que você não precisa ficar girando, girando… A do Siena é melhor para colocar a cadeira de rodas no assento do carona”, avalia Cenjor.
Fonte: Folha de S. Paulo (10/04/2011)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Seminário Educação Inclusiva
Avanços e Perspectivas

Entrada franca
 
Auditório 3 do Pavilhão 1
São Paulo – SP - Brasil

17 de abril, das 10h às 13h
 
Casos de sucesso e debate com especialistas sobre educação inclusiva no município de São Paulo.
Floriano Pesaro
vereador e autor da Lei 15.034, que instituiu o Dia Municipal de Luta pela Educação Inclusiva (14 de abril) no calendário oficial da cidade.
10h00 às 11h00Mesa de Abertura e Autoridades
• Vereador Floriano Pesaro
• Alexandre Schneider, Secretário Municipal de
Educação
• Dra. Linamara Rizzo Battistella, Secretária Estadual
dos Direitos da Pessoa com Deficiência
• Marcos Belizário, Secretário Municipal da Pessoa
com Deficiência e Mobilidade Reduzida
11h00 às 12h30Apresentação e Análise do contexto da Educação Inclusiva:
Três boas práticas oriundas da Secretaria Municipal de Educação
Análise sobre as boas práticas no contexto brasileiro atual
• Profa. Rosângela Pietro, Faculdade de Educação da USP
• Profa. Silvana Drago, Secretaria Municipal de Educação
12h30 às 12h50Debate com o público
12h50 às 13h00Encerramento - Vereador Floriano Pesaro

SITE:
www.floriano45.com.br
EMAIL:
contato@florianopesaro.com.br
Twitter:
@Floriano45
Jorn. resp.:
Claudia Varella (Mtb. 21.596)
Telefone:
(11) 3396-4664
DATAL E LOCAL
  • 17 de abril de 2011
  • Centro de Exposições Imigrantes Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 - São Paulo - SP Auditório 3 do Pavilhão 1
Credenciamento para o seminário no local.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

APAE de São Paulo comemora 50 anos em Simpósio realizado na Secretaria

O objetivo do seminário foi levar informações atualizadas sobre o panorama geral da deficiência intelectual no Brasil e no mundo para diversos agentes da sociedade.

 
Na tarde do dia 6 de abril, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência cedeu o auditório para a realização do Simpósio em comemoração aos 50 anos da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de São Paulo, com o tema: Cérebro e Deficiência Intelectual.  O evento contou com a presença de cerca de 400 pessoas. Participaram da abertura a Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Doutora Linamara Rizzo Battistella, o secretário Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Marco Antonio Belizário, e o Presidente da APAE São Paulo, Cássio Clemente.

O objetivo do seminário foi de levar informações atualizadas sobre o panorama geral da deficiência no Brasil e no mundo para diversos agentes da sociedade, fomentar reflexões sobre o tema e seus prognósticos de saúde e a inclusão social para a melhoria das condições de vida dos cidadãos assistidos com deficiência intelectual. 

A Secretária mencionou a importância do evento: "Quero cumprimentar cada um dos senhores por essa celebração, realmente essa é uma grande festa, é mais do que uma festa comemorativa de aniversário da APAE, uma festa para a sociedade paulista, uma festa do povo brasileiro. É a festa que traduz nosso reconhecimento de que se a tecnologia não resolve tudo, a solidariedade é capaz de transformar a sociedade. E traduzir no apoio, na ajuda, uma sociedade mais justa".

Ela ainda destacou: "não existe democracia, não existem direitos humanos, quando a gente não esta simplesmente privilegiando a vida do nosso próximo e o próximo é efetivamente esse que está ao nosso lado e que exige cuidado, às vezes exige atenção, mas sempre exige a garantia da cidadania de direitos. Esse cidadão de direitos, a pessoa com deficiência intelectual, encontra hoje em São Paulo uma nova dimensão, encontra hoje dentro do governo predisposição para apoiar e garantir ingresso na escola, no mercado de trabalho, cidadania plena, com a ajuda de cada um dos senhores, com a ajuda da APAE, nós vamos materializar essa inclusão,  entendendo as limitações, mas entendendo que a sociedade pode ser inclusiva".

APAE de São Paulo

A APAE de São Paulo - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo foi fundada no dia 4 de abril de 1961, por iniciativa de um pequeno grupo de pais de pessoas com deficiência intelectual em um sobrado localizado na Zona Sul da capital paulista.
No início das atividades, os próprios pais e voluntários visitavam postos de saúde e cadastravam pessoas que possuíam familiares com deficiência intelectual buscando atender o maior número possível de crianças.
Em 2008, a APAE de São Paulo completou 47 anos de história, marcados pelo pioneirismo na prevenção, investimento em tecnologia e pesquisas, e na inclusão da pessoa com deficiência intelectual na sociedade. A missão da APAE de São Paulo é "Prevenir a deficiência, facilitar o bem-estar e a inclusão social da pessoa com deficiência intelectual". 

Deficiência Intelectual

Dados do IBGE de 2000 indicam que no Brasil o número de pessoas com deficiência intelectual é de 2.844.937, sendo 547.314 no Estado de São Paulo.
Segundo conceito da Associação Americana de Deficiência Mental (AAIDD), deficiência intelectual é caracterizada por limitações significativas no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo, como expresso nas habilidades práticas, sociais e conceituais originando-se antes dos dezoito anos de idade.  Mas a análise da deficiência intelectual é uma condição complexa. Seu diagnóstico envolve a compreensão da ação combinada de quatro grupos de fatores etiológicos, biomédicos, comportamentais, sociais e educacionais.
Aproximadamente 10% da população mundial possui alguma deficiência, das quais 5% representam a parcela de pessoas com deficiência intelectual; 2% com deficiência física; 1,5% com deficiência auditiva; 0,5% de deficiência visual; e 1% de deficiência múltipla. Dos mais de 600 milhões de pessoas com deficiência no mundo, 80% vivem nos países pobres do Sul. Cerca de 80% das deficiências têm causas associadas à pobreza e às baixas condições de vida.
Estima-se que 100 milhões de pessoas no mundo adquiriram uma deficiência devido à desnutrição e que o número de pessoas com deficiência aumentará em 120%, nos próximos 30 anos, nos países do Sul. Nos países do Norte, o índice de aumento será de 40%, durante esse mesmo período.
Fonte: Banco Mundial (2005) e OMS (2008)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Serão apresentados cases, palestras e atividades lúdicas e culturais; é esperado um público de até 45 mil espectadores


A décima edição da Reatech – Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade – acontecerá de 14 a 17 de abril. O evento irá trazer cases de empresas que buscam promover a integração das pessoas com deficiência física na sociedade.
Para essa edição, a feira contará com mais de 250 expositores e a expectativa é reunir mais de 45 mil visitantes durante seus quatro dias.
Além da exposição de produtos, haverá apresentações culturais de artes cênicas e grupos de dança, atividades com animais de estimação, equoterapia, galeria de arte, parque infantil adaptado, test-drive de veículos adaptados. Também serão apresentadas palestras, congressos médicos, seminários e atividades abertas ao público.
O mercado de produtos e serviços para reabilitação movimenta cerca de R$ 1,5 bilhão no País, sendo R$ 200 milhões só com vendas de cadeiras de rodas e mais de R$ 800 milhões em automóveis e adaptações veiculares. No Brasil, aproximadamente 15% da população possui alguma deficiência e cerca de 500 pessoas todos os dias adquirem algum tipo de deficiência física.
Maiores informações podem ser obtidas no portal da feira Reatech ou pelo telefone (11) 5585.4355.

A lei que foi implementada em 1989, poderá contar com dispositivos para definir os diferentes tipos de deficiência


Instrumento da política nacional para a integração da pessoa com deficiência, a Lei 7.853, de 1989, pode passar a conter dispositivos para definir os diferentes tipos de deficiência – física, visual, auditiva, mental e múltipla. Projeto com essa finalidade (PLS 125/07), de iniciativa do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), será examinado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) na próxima quarta-feira (6), em decisão terminativa. Decisão terminativa é aquela tomada por uma comissão, com valor de uma decisão do Senado. Quando tramita terminativamente, o projeto não vai a Plenário: dependendo do tipo de matéria e do resultado da votação, ele é enviado diretamente à Câmara dos Deputados, encaminhado à sanção, promulgado ou arquivado. Ele somente será votado pelo Plenário do Senado se recurso com esse objetivo, assinado por pelo menos nove senadores, for apresentado à Mesa. Após a votação do parecer da comissão, o prazo para a interposição de recurso para a apreciação da matéria no Plenário do Senado é de cinco dias úteis..
Os conceitos são atualmente definidos no Decreto 3.298, de 1999, que regulamenta a Lei 7.853. Uma das motivações do autor foi também transpor para a legislação uma definição mais abrangente para o conceito de deficiência mental. Conforme Alvaro Dias, o Decreto 3.298 deixa sem a necessária proteção pessoas cujas limitações se manifestam depois dos 18 anos.
O relator da matéria, senador Gim Argello (PTB-DF), concorda com esse ponto de vista. Ele recomenda a aprovação da matéria por ainda considerar oportuno trazer para a lei as definições que orientam todos os programas governamentais e as concessões de benefícios direcionados às pessoas com deficiência. Assim, considera o relator, serão menores os riscos de que as políticas excluam segmentos, “numa prática visivelmente discriminatória, como vem acontecendo”.
Limite etário
Pelo atual decreto regulamentador, deficiência mental é o “funcionamento intelectual significativamente inferior à media, com manifestação antes dos 18 anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas”. Nesse caso, considera-se um conjunto de habilidades que vão desde a comunicação à capacidade para o trabalho, as habilidades sociais e as condições de cuidar de si mesmo, entre oito diferentes aspectos.
No projeto em exame, a deficiência mental passa a ser definida como o funcionamento intelectual “significativamente inferior à média, considerada a idade cronológica da pessoa, estabelecido por meio de avaliação cognitiva padronizada e de aferição do funcionamento psicossocial, em presença ou não de comorbidade neuropsiquiátrica”. Ou seja, essa definição acaba com o limite etário antes adotado e inclui claramente a hipótese de deficiência associada a distúrbios neuropsiquiátricos.
Gim Argello apresentou duas emendas ao projeto, apenas para ajustes de técnica legislativa.
Fonte: Agência Senado (05/04/11)
Referência: Rede Saci