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Seja benvindo a esse Blog: que é nosso, fique a vontade para compartilhar suas idéias e informações relacionados ao tema deficiência e psiquiatria.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Curso Gratuito

Por meio do programa POETA (Parcerias para Oportunidades de Emprego através da Tecnologia nas Américas), a Unidade Avape Zona Sul está com as inscrições abertas para cursos gratuitos de informática.
São cursos de informática (básico e avançado), Windows, Word, Excel, Power Point e Internet, que acontecerão de segunda a sexta-feira, nos períodos da manhã, tarde e noite.
Para participar, é preciso ter, no mínimo, 15 anos e Ensino Fundamental concluído.
Os cursos são destinados para pessoas com deficiência ou que apresentem condições de baixa renda.

Serviço:

Cursos de Informática gratuito (Windows, Word, Excel, Power Point e Internet)
Carga horária: duração de 80 a 420 horas.
Local: Unidade Avape Zona Sul
End: Avenida Brasil, 726 – Jardim América - SP
Inscrições por telefone: (11) 3055-5000

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Caro leitor, recebi a sugestão de matéria abaixo, do leitor Marcelino Carvalho.

Um cadeirante e seus amigos da cidade de Lages, Santa Catarina, desenvolveram um carro destinado especialmente a cadeirantes. Fazer a transição entre a cadeira de rodas e o banco do carro é sempre algo complicado para os cadeirantes, mas nesse veículo chamado PRATYKO,  tudo é muito simples, pois ele possui porta traseira e elevador. Veja a foto ao lado. 

Os criadores desse projeto estão em busca de empresários que possam investir nesse protótipo. 

Quando vi esse carro lembrei-me do CANTA, quadriciclo adaptado para ser conduzido através de cadeira de rodas desenvolvido em Portugal. No caso do Pratyko, ele não foi adaptado, mas sim construído.

Veja a matéria abaixo:

Conheça o PRATYKO
Primeiro veículo nacional construído para Portadores de Necessidades Especiais e pessoas com mobilidade reduzida

Construído, Não Adaptado.
O PRATYKO é um veículo motorizado, especialmente construído para que o Portador de Necessidades Especiais (PNE) cadeirante possa se locomover sem o auxílio de outra pessoa, uma vez que não existe a "transferência" da cadeira para o assento do veículo, uma vez que o assento é a própria cadeira do usuário, ou seja, é possível conduzir o PRATYKO sem sair da cadeira de rodas.  Veja mais fotos...

O acesso ao veículo é feito por um elevador elétrico, acionado por controle remoto, facilitando a entrada do cadeirante ao interior do veículo. Não existe uma rampa inclinada que para alguns cadeirantes poderia dificultar o acesso.

Sua Opinião é Muito Importante

A ideia por trás do PRATYKO surgiu da real necessidade de um de seus idealizadores sair de casa.
Ir ao trabalho, a faculdade, ao lazer, agora é algo possível de forma rápida, econômica e acima de tudo independente. Se você é um PNE ou convive com alguém que esteja nessa condição, deixe a sua impressão respondendo nossa ENQUETE. Assim você estará contribuindo para que em pouco tempo, muitas pessoas possam se beneficiar deste inovador e arrojado projeto.

Seja um Investidor
Nosso projeto era desenvolver um veículo voltado exclusivamente para Cadeirantes, que pudesse ser conduzido sem se sair da cadeira e sem o auxilio de outras pessoas. Depois de 8 anos de estudos e muito trabalho, hoje o sonho está acontecendo. O protótipo está aí, um veículo prático e funcional, que possibilita ao cadeirante liberdade e independência para se locomover da casa para o trabalho, escola, lazer... Agora nosso sonho é ver este veículo sendo produzido em série, possibilitando mais cadeirantes de usufruírem deste benefício. 


Para isto, colocamo-nos a disposição para estudo de viabilidade de parcerias com empresas e/ou investidores para lançar esse veículo no mercado, através de produção em maior escala. Acesse aqui e entre em CONTATO.




Leia mais: http://www.deficienteciente.com.br/2011/02/conheca-o-primeiro-carro-brasileiro.html#ixzz1F5KaQJ9C

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

I Prêmio de Tecnologia Assistiva e Acessibilidade da Região Norte

Estarão abertas a partir do dia 01 de março as inscrições para o I Prêmio de Tecnologia Assistiva  e Acessibilidade da Região Norteque será realizado em Belém. O Prêmio faz parte da programação da I FEIRA PARAENSE DE TECNOLOGIA ASSISTIVA,  ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO SOCIAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA que acontecerá no mês de setembro.

Para participar do Prêmio os interessados deverão submeter as inscrições de seus trabalhos no periodo de 01 de março a 31 de maio de 2011. Será permitida a inscrição em mais de uma categoria. 
A Tecnologia Assistiva procura desenvolver recursos que auxiliem as atividades das pessoas com deficiência,
podendo ser aplicada ao campo das atividades físicas, sensoriais, intelectuais, psicológicas ou sociais.
O I Prêmio de Tecnologia Assistiva da Região Norte será dividido em seis categorias principais,que são:
Tecnologias Assistivas para Deficiência Visual; Tecnologias Assistivas para Deficiência Auditiva;
Tecnologias Assistivas para Deficiência Intelectual; Tecnologias Assistivas para Deficiência Física;
Tecnologias Assistivas para Deficiência Múltipla; e Tecnologias Assistivas para Deficiência Psicossocial.
Cada uma das seis categorias principais comporta três subcategorias, são elas: Professores e alunos do
Ensino Médio; Professores e alunos do Ensino Superior; e Pesquisadores de Instituições ou de empresas
que desenvolvem pesquisas nessa área.
Os trabalhos podem ser voltados para os mais diferentes aspectos, como acessibilidade arquitetônica,
tecnologias da informação e comunicação, práticas sociais, tecnologias no ensino de crianças, entre outros.
Para concorrer, os trabalhos precisam ter sido produzidos na forma de protótipo e ou relato de experiências
e obtido resultados. Tecnologia já implementadas também podem concorrer.
O julgamento do mérito será feito por uma equipe formada por profissionais atuantes nas áreas correlatas à Tecnologia Assistiva.
Maiores informações e o regulamento completo estão disponíveis no sitewww.forumdetecnologiaassitiva.com.br ou pelos fones 3277-1909 e 9985-0584.

REATECH 2011


Reatech2011 Reatech 2011   Informações preliminares
A feira normalmente apresenta expositores nas seguintes áreas:
  • Acessibilidade
  • Adaptações
  • Agências de emprego
  • Animais treinados
  • Aparelhos Auditivos
  • Aparelhos e equipamentos especiais
  • Avaliação Física
  • Bancos e Instituições Financeiras
  • Cadeiras de roda
  • Departamentos de RH
  • Distribuidoras de produtos
  • Educação, aprendizado e treinamento
  • Entidades Públicas e Privadas
  • Empresas com ofertas de emprego
  • Equipamentos Hospitalares
  • Esportes Adaptados
  • Fisioterapia e Terapia Ocupacional
  • Hidroterapia
  • Home Care
  • Indústria Farmacêutica
  • Informática
  • Livros e Publicações
  • Produtos Ortopédicos
  • Próteses e Órteses
  • Terapias Alternativas
  • Trabalho
  • Turismo e Lazer
  • Test-drive de cadeira de roda motorizada
A feira tem visitação gratuita, sem limite de idade e  terá início na quinta-feira dia 14 de abril, os horários de visitação são:
  • 14 e 15 (quinta e sexta) de 13h às 21h
  • 16 e 17 (sabado e domingo) de 10h às 19h
Ela acontecerá no Centro de exposição Imigrantes (Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 – São Paulo – SP) e conta com transporte gratuito da estação do Metro de Jabaquara – com saída das Vans na Rua Nelson Fernandes, 400.
Vamos ter mais novidades e informações com a proximidade da feira.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Proposta torna obrigatória construção de ginásios para deficientes

A Câmara analisa o Projeto de Lei 7/11, do deputado Weliton Prado (PT-MG), que obriga o Ministério dos Esportes a construir ginásios poliesportivos para pessoas com deficiência em todas as cidades com mais de 50 mil habitantes. O projeto é idêntico ao PL 6322/05, do ex-deputado Carlos Nader, que foi arquivado ao final da legislatura passada.

A proposta prevê que as despesas para a construção dos ginásios deverão ter dotação própria no Orçamento. Pelo texto, o Executivo deverá regulamentar a lei em até 180 dias após sua publicação.

O deputado afirma que a construção desses espaços vai garantir um melhor condicionamento físico para as pessoas com deficiência.
A atividade esportiva, segundo ele, também contribui para reduzir problemas de saúde, como deficiências de circulação sanguínea. Ele ainda lembra que a prática de esporte ajuda no resgate da autoconfiança.

Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivoRito de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. O projeto perderá esse caráter em duas situações: - se houver parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra); - se, depois de aprovado ou rejeitado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total). Nos dois casos, o projeto precisará ser votado pelo Plenário., será analisada pelas comissões de Turismo e Desporto; Seguridade Social e Família; Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:
PL-6322/2005
PL-7/2011

Fonte: http://www2.camara.gov.br/

Leia mais: http://www.deficienteciente.com.br/2011/02/proposta-torna-obrigatoria-construcao.html#ixzz1EjQg2UzC
Under Creative Commons License: Attribution

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Novo presidente do CONADE

A ministra da Secretaria dos Direitos Humanos (SDH), Maria do Rosário, empossou no dia15/02 os novos membros do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade). Também foi escolhido o novo presidente do conselho. Durante o biênio (2011/2013), o Conade será comandado pelo presidente da Organização Nacional de Cegos do Brasil, Moisés Bauer.

Durante a cerimônia, a ministra ressaltou a importância da criação de políticas de acessibilidade às pessoas com deficiência. “O nosso desafio é que possamos formular diretrizes. A presidenta Dilma [Rousseff] disse, quando recebeu os atletas paraolímpicos, que a percepção da pessoa com deficiência não seja o limite, mas a superação permanente.”

Para o secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Humberto Lipo, o Estado brasileiro tem uma imensa dívida social com as pessoas com deficiência. “Infelizmente nós vamos necessitar de um período maior do que uma ou duas gestões de governo para resgatar [da pobreza as pessoas com deficiência]. A população com deficiência está entre a mais pobre.” (Veja: 80% dos deficiente resides nos países mais pobres, diz OMS)

Segundo ele, a resolução dos problemas que atingem as pessoas com deficiência deve estar na pauta do país. “A solução deles remete diretamente ao desenvolvimento nacional. Portanto, esse é o nosso compromisso no conselho. A nossa esperança é que de alguma forma possamos dar um passo adiante.”

O Conade faz parte da estrutura da SDH e é composto por 38 membros, sendo 19 representantes do governo e 19 da sociedade civil organizada. O conselho foi criado para avaliar e articular políticas destinadas à pessoas com deficiência.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), exitem aproximadamente 25 milhões de pessoas com deficiência no país. (Veja: CENSO do IBGE 2010 X Pessoas com Deficiência)

Fonte:http://correiodobrasil.com.br/


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Ciência avança cada vez mais na interação cérebro e máquina - Braços biônicos com nervos naturais e membros robóticos acionados pelo pensamento são os avanços mostrados em congresso científico

Foto: Divulgacao/The Rehabilitation Institute of Chicago
Comando: os nervos e músculos que restaram no braço amputado comandam a prótese robótica










O uso da tecnologia para ajudar pacientes com lesões na medula espinhal ou membros amputados está chegando a níveis inéditos, segundo uma série de seminários durante a reunião anual da AAAS (na sigla em inglês, Sociedade Americana para o Avanço da Ciência), em Washington. Apenas nos Estados Unidos, em 2008, 1,7 milhões de pessoas tinham algum tipo de amputação, e esse número pode dobrar até 2050. Lesões na medula respondiam por 311.000 casos no país, em 2009.
Nesta quinta-feira (17) foram apresentados à imprensa quatro iniciativas dos Estados Unidos e Europa, que mostram que está cada vez mais perto o dia em que o homem poderá mover uma máquina apenas com o pensamento.
Melhor comando de braços robóticos
Todd Kuiken, diretor do Centro de Reabilitação de Chicago, apresentou uma nova técnica chamada Reenervação de Músculos Focalizada (Targeted Muscle Reinnervation, cohecida como TMR). "Os nervos e músculos que sobraram comandam a prótese robótica, o que consegue ser eficiente em movimentos grandes e simples como dobrar do cotovelo, mas não para movimentar mãos, dedos e pulsos com precisão," explicou o médico.

A técnica TMR consiste em reimplantar nervos do próprio paciente no músculo do membro restante, o que amplifica os impulsos nervosos e permite movimentos mais precisos e comandos mais intuitivos -- ele precisa apenas pensar no que movimento que quer fazer e a prótese, ligada a um sistema de computadores, responde. Glen Lehman, um sargento que perdeu o antebraço na Guerra do Iraque, demonstrou o uso da nova técnica. "Eu só preciso pensar no movimento que a protése se mexe de acordo," descreveu aos presentes.

Já Andrew Schwarz, da Universidade de Pittsburgh, usou eletrodos implantados no cérebros de macacos cobaias para estabelecer com precisão quais neurônios estavam envolvidos no comando de um braço robótico, bem como interpretar os comandos neurológicos enviadas para cada movimento diferente.
Os testes com humanos vão começar em junho. Os pesquisadores pretendem colocar braços robóticos na cadeira de rodas de pacientes com lesão medular, que vão deverão movimentá-lo apenas com o pensamento.
Na Europa, experiências fora do corpo e robôs multitarefa
Na sequência, o professor José Millán, da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, apresentou seu Robotino, um pequeno robô comandado pelo cérebro que consegue "aprender" com seu usuário. "Em interfaces cérebro-máquinas que temos hoje, a pessoa precisa repetir o comando mental seguidamente, como por exemplo, mandar uma cadeira de rodas seguir em frente," explicou Millán. "Ninguém aguenta fazer isso por mais de uma hora". O ideal seria que a máquina conseguisse entender a "vontade" do usuário, em vez de um comando mental repetido indefinidamente.

Com o Robotino, a equipe de Millán está perto de conseguir isso. O sistema consegue compreender a intenção do usuário, o que permite que este consiga descansar a mente e desempenhar tarefas secundárias como ler em silêncio ou em voz alta enquanto usam o robô. O sistema também processa imagens, de modo a conseguir evitar obstáculos no caso de uma distração do usuário, que "envia" os comandos via uma touca que lê os sinais elétricos do cérebro como um eletroencefalograma.
Foto: EPFLAmpliar
Olaf Blanke conduz experimentos para entender como o cérebro entende estar consciente
Também da Politécnica de Lausanne, o neurologista Olaf Blanke trouxe uma pesquisa que a princípio, parece mais metafísica que neurológica: como o cérebro entende estar consciente. Sabendo que boa parte das experiências de se sentir fora do corpo acontecem por estímulo ou lesão em partes específicas do cérebro, a região frontal e temporo-parietal, Blanke usou realidade virtual com voluntários com lesões nessas áreas. "A ideia era entender o que acontecia com alguém quando mudamos a posição do seu 'eu'", explicou o médico suíço.
Nos experimentos, os voluntários se inseriam num corpo de um avatar, usando tecnologias de Realidade Virtual, e eram submetidos as experiências que visavam dividir seus sentidos. Por exemplo, eram tocados em uma parte do corpo, enquanto viam seus avatares serem tocados em outra, e as sensações e percepções foram registradas pela equipe de Blanke.
As aplicações desse estudo estão no melhor entendimento da consciência corporal e a sensação de pertencimento de membros robóticos ao corpo dos pacientes, bem como o problema dos "membros fantasmas". "O paciente sentir que a prótese faz parte do corpo dele é meio caminho andado," disse Kuiken. Nesse ponto, os macacos podem estar na nossa frente -- segundo Schwarz, seus Rhesus se acostumam tanto ao braço robótico que tentam penteá-lo como se fosse um de seus peludos bracinhos normais.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

MOGI DAS CRUZES LANÇA O CENSO INCLUSÃO


No dia 21 de fevereiro, acontece na cidade de Mogi das Cruzes o lançamento do "Censo Inclusão", às 10h, na sede da Secretaria Municipal de Assistência Social.

O projeto é realizado pela Prefeitura de Mogi das Cruzes, por meio da Coordenadoria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida e a Secretaria Municipal de Assistência Social. Tem por finalidade identificar as necessidades e promover ações para melhorias na qualidade de vida da população com deficiência da cidade.

Os interessados deverão preencher um formulário da Prefeitura com perguntas de fácil entendimento, disponível em escolas, postos de saúde, estabelecimentos comerciais credenciados e na própria Prefeitura Municipal. 

SERVIÇO
Lançamento do "Censo Inclusão”
Horário: às 10h
Local: Secretaria Municipal de Assistência Social 
Endereço: av. Narciso Yague Guimarães, 776 - Centro Cívico.
Mais informações: (11) 47987-5094 e cepcapd@pmmc.com.br

DEDÃO DE MÚMIA EGÍPICA É A PRÓTESE MAIS ANTIGA CONHECIDA


Um dedão artificial muito bem preservado, encontrado preso em restos mumificados de uma mulher egípcia, é a prótese funcional mais antiga já encontrada, anunciaram especialistas nesta segunda-feira em artigo publicado na revista científica britânica The Lancet.
Descoberta no ano 2000 perto de Luxor, na necrópole de Tebas, a prótese, de madeira e couro, pertenceu a Tabaketenmut, a filha de um alto sacerdote que viveu entre 950 e 710 a.C.
A datação facilmente faria desta a mais antiga prótese conhecida, alguns séculos mais velhos do que a perna de bronze e madeira descoberta em um cemitério perto de Cápua, Itália.
O dedão de Tabaketenmut era composto de duas peças de madeira moldadas, perfuradas com pequenos buracos para a passagem de tiras, unidas por um cordão de couro, demonstrando uma preocupação aguda com a anatomia.
Mas apenas a realização de testes em pacientes vivos poderia confirmar que a peça se tratava de uma prótese genuína, projetada não apenas como um ornamento para a vida após a morte, mas como um auxílio prático na locomoção.
Fonte: yahoo

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Academias se adaptam para receber pessoas com deficiência

Estabelecimentos de SP têm professores especializados para cadeirantes. Alunos buscam reabilitação física, estética e ambiente agradável.

Reduto de pessoas com corpos perfeitos e muita disposição, as academias muitas vezes são um ambiente hostil para quem tem algum tipo de deficiência física. Fazer exercícios, entretanto, é fundamental para a reabilitação física e psicológica de quem tem limitações de movimento. Pensando nisso, academias e até mesmo parques de São Paulo desenvolveram programas com equipamentos especiais para deficientes.

O biólogo Fernando Krynski, de 47 anos, perdeu grande parte do movimento das pernas após um erro médico há 15 anos. A vida na cadeira de rodas o fez deixar o trabalho de campo em sua área. Após anos fazendo reabilitação em centros de fisioterapia, ele resolveu experimentar a academia. 
“Na época eu achei que não ia dar para treinar. Antes da cirurgia nem fazia exercício, não gostava de academia, mas era muito ativo no trabalho. Depois, achei que faltava algo, alguma atividade.”

A escolhida pelo biólogo foi a Fórmula Academia, que tem sua unidade no Shopping Eldorado, na Zona Oeste da capital paulista, toda adaptada. “Quando entrei vi que tinha adaptação, elevador, os professores sabiam lidar com o aluno na cadeira de rodas”, conta ele, que chegou a nadar para competir, mas parou depois de desmaiar na piscina devido a um pico de pressão alta.

Hoje, faz musculação de três a quatro vezes por semana. Em algumas máquinas ele consegue fazer os exercícios sem deixar sua cadeira. Em outros, precisa se sentar no aparelho, o que não é um problema. “Mas preciso da ajuda do professor. Às vezes a máquina é com cabos, tem que puxar, e eu não tenho altura. Às vezes precisa apoiar as coisas, e não tenho um bom equilíbrio do tronco”, afirma Krynski. 

Por isso, a academia conta com um ou dois professores por turno direcionados a atender os alunos com limitações. A grande maioria dos equipamentos é adaptada e conta com cintos, por exemplo. Para os exercícios aeróbicos, há uma “bicicleta” para as mãos na qual o cadeirante não precisa sair de sua cadeira de rodas.

“O professor acaba ficando de personal para o cadeirante. Ele precisa de atenção especial, e também trabalhamos a socialização. Na maioria dos exercícios nós temos que estar junto com ele”, diz a professora Daniela Gaudêncio. “Conseguimos adaptar os exercícios para trabalhar todos os grupos musculares. Além do aspecto funcional, dá para trabalhar a estética também.”

Estética e socialização
Além de fazer um trabalho específico para cada pessoa, verificando quais as suas limitações e a partir daí definindo os exercícios, as academias também trabalham com a socialização dos alunos. “O trabalho é direcionado com a proposta de, através dos exercícios, melhorar suas funções para as atividades da vida diária. Os exercícios são voltados para o fortalecimento, amenizar as assimetrias e integrá-los no meio ambiente da academia com a missão de fazer amigos e estarem bem fisicamente”, afirma Wilmar dos Santos Villas, da Cia Athletica, que cita a criatividade e o bom senso como armas dos professores.(Veja: Cadeirantes: atividades físicas e emagrecimento).

Utilizando a cadeira de rodas desde a infância, a dançarina Sônia Maria Souza Alvim Crespo, de 50 anos, é muito popular na Fórmula. Em um grupo de dança para cadeirantes há dez anos, ela prega a terapia do movimento. “Você pode fazer movimentos através da dança, mesmo na cadeira você pode se soltar”, conta ela, que também faz musculação e alongamento. “Aproveito bastante o movimento dos braços, os pesos. Os professores também fazem movimentos com as minhas pernas, trabalham a musculatura.”

Sua colega Lina de Souza, de 42 anos, que perdeu o braço e a perna esquerdos em um acidente de trem quando tinha 16 anos, faz natação e compete. “Comecei a fazer exercícios há 12 anos. Eu nem queria, fui obrigada. Me mandaram para a natação, fiquei morrendo de vergonha, mas vi pessoas com situação pior que a minha. Nadar mudou a minha vida. Antes eu não fazia nada. Agora eu viajo, conheço pessoas, mudei minha cabeça”, conta ela.

Competição
O maratonista e professor de dança Alex de Souza, de 35 anos, já venceu diversas meias maratonas em sua categoria e está em período de treinamento para a próxima prova. Com uma prótese em formato de lâmina na perna direita, ele corre nas esteiras da academia sem parecer fazer muito esforço. Usando próteses desde os 3 anos, ele afirma que fazer os exercícios é um aprendizado constante. “Às vezes um exercício não dá certo, é tudo uma adaptação. A maior parte eu consigo fazer tranquilo, tem um ou outro que preciso adaptar, o professor dá as dicas. A academia é toda adaptada, isso facilita”, conta.

Todos eles, entretanto, concordam que fazer exercícios é fundamental. “Tanto para a cabeça quanto para a saúde física. Hoje a academia é o que me preenche. Meus braços são agora minhas pernas, uso o dia inteiro, a todo momento, tenho que fazer exercícios. E é diferente treinar dentro de um shopping, com gente bonita. Só de estar em um ambiente que não é um hospital já é um grande passo”, diz o biólogo Krynski.

Parque da Juventude
Quem não tem dinheiro para pagar uma academia mas quer fazer exercícios na cadeira de rodas pode utilizar os aparelhos adaptados instalados no Parque da Juventude, na Zona Norte de São Paulo, desde maio de 2010. São três conjuntos de equipamentos com atividades que podem ser feitas pelos cadeirantes – placas ao lado de cada um deles explicam como eles devem ser usados.

“Dá para a pessoa usar sozinha, são muito fáceis, muito simples, bem práticos, não é nada complicado. Está tendo um certo uso, não é tão grande, mais aos finais de semana. Mas o comentário que eles [os usuários] fazem é muito positivo. É difícil eles encontrarem esses equipamentos em outro local”, conta Paulo Pavan, diretor do parque.

Por enquanto, não há profissionais especializados para dar suporte. Os equipamentos estão instalados próximos à entrada da Avenida Cruzeiro do Sul, 2.630, ao lado da Estação Carandiru do Metrô. O parque é todo acessível e a área onde estão os aparelhos fica aberta das 6h às 18h30 – durante o horário de verão, o fechamento ocorre às 19h30.

Fonte: G1 (13/0/2011)

Leia mais: http://www.deficienteciente.com.br/2011/02/academias-se-adaptam-para-receber.html#ixzz1E3zQWnKw