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domingo, 30 de janeiro de 2011

Bancos são multados por falta de Acessibilidade

Matéria abaixo foi extraída do Jornal Fato Paulista, edição nº 124.


Nenhuma das 11 agências da região de Itaquera está adaptada à lei de acessibilidade.

Texto: Aglécio Dias
Charge: Ferrão

Para muitas pessoas as leis foram feitas para serem desrespeitadas. Esse pensamento é o reflexo, na maioria das vezes, de uma sociedade habituada aos descasos de parte da população com relação ao tema, seja de um grupo privado ou público que sempre encontram um ‘jeitinho’ de não seguir o que foi determinado. Porém também há maneiras de se fazer com que essas leis sejam respeitadas, desde que o cidadão também faça sua parte, como por exemplo, fiscalizando e denunciando os infratores que não as cumprem. E foi esse tipo de ação que levou a Subprefeitura de Itaquera fazer visitas em todos os bancos da região para verificar como estava a questão da acessibilidade denunciada neste jornal pela Andecon(Associação Nacional de Defesa do Consumidor).

A partir de uma denúncia do cadeirante Valdir Timóteo do Movimento Inclusão Já, o presidente da Andecon Rodinei Lafaete junto com o Fato Paulista fez um levantamento em todos os bancos de Itaquera (edição 123) para saber se eles estavam cumprindo as leis 10.048/00 e 10.058/00 que determinam que todos os comércios têm que oferecer total acessibilidade para pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida e também o decreto federal que regulamenta as leis e o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado pela Febraban (Federação Nacional dos Bancos). 
Depois de constatado que nenhuma agência bancária oferecia total acesso ao seu interior (garantido por lei), Rodinei Lafaete fez um requerimento junto à Subprefeitura para que fosse feita a fiscalização em todos os bancos da região Numa ação pioneira em Itaquera, nos dias 4 e 5 de maio, todos os bancos foram visitados pelo agente vistor da Subprefeitura de Itaquera, José Carlos Lisboa, na ocasião foi pedido a licença de funcionamento e o Certificado de Acessibilidade que é fornecido pelo Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis), documento este que só é liberado diante da certificação de que o imóvel está totalmente adequado as normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. As agências que não apresentaram os documentos no momento da ação fiscalizatória foram notificadas e têm cincos dias para apresentar a licença de funcionamento, além disso, foram multadas em R$ 3.558,50, por mês por não terem o Certificado de Acessibilidade. Ao final de 30 dias, se o banco não apresentar o documento receberá outra multa e seguirá assim até que estejam totalmente adequadas às normas.

Algumas agências apresentaram a licença de funcionamento, que é fornecida pela administração local, mas segundo o presidente da Andecon ela só poderia ser emitida após a apresentação do Certificado de Acessibilidade o que não aconteceu em nenhum caso. “A licença de funcionamento, que no caso, é expedida pela Subprefeitura só pode ser emitida se o banco tiver o Certificado de Acessibilidade, a não ser que a agência tenha a licença fornecida antes do ano de 2000 e que não tenha feito nenhuma reforma nesse período, caso contrário é necessário que se adeque a lei para só depois pedir uma nova licença”, explicou.

Durante a Coletiva com a Comunidade promovida na redação do Fato Paulista, o atual subprefeito de Itaquera Roberto Tamura quando questionado a respeito do descumprimento da lei de acessibilidade nos comércios da região deixou claro que iria mandar fiscalizar e o imóvel que estivesse irregular seria notificado de acordo com a lei e em último caso poderia até ser fechado.

A corajosa declaração do subprefeito de Itaquera encheu de esperança os movimentos de inclusão, os portadores de deficiência e todas as pessoas que acreditam que LEI É PARA SER CUMPRIDA.


sábado, 29 de janeiro de 2011

Modelo Surda fará campanha para Blue Man


As pessoas com deficiência estão ganhando espaço no mundo da moda e cada vez avançamos mais a uma inclusão nesse mundo tão fechado. A modelo Brenda Costa, que tem deficiência auditiva, irá estrelar a campanha de moda praia da Blue Man para o verão de 2011.
brenda costa Modelo deficiente será estrela de campanha da Blue ManEla que é carioca, irá marcar a volta da marca às passarelas da Fashion Rio. As fotos da campanha foram feita por Jacques Dequeker, no teatro Glaucio Gil em Copacabana, junto com o modelo André Resende, que fará parte da campanha.
Brenda é portadora de deficiência auditiva desde que nasceu, mas consegue se comunicar por meio da fala, mesmo com dificuldade. Há quatro anos, fez a cirurgia deimplante coclear, recuperando uma pequena parte da audição. Logo depois, lançou a biografia Bela do Silêncio (Martins Editora).
Fonte: www.deficientefisico.com

Mulher denuncia outras agressões cometidas por delegado suspeito de bater em cadeirante

João Varella/R7João Varella/R7
Olga Marino mostra carta anônima que supostamente recebeu. Bilhete a ameaça para que não procure mais a Corregedoria de Polícia

Damásio Marino, o delegado suspeito de agredir um cadeirante em São José dos Campos, cidade a 97 km de São Paulo, já havia sido denunciado anteriormente à Corregedoria da Polícia Civil por uma tentativa de homicídio. Os documentos que comprovam a denúncia foram entregues ao R7 pela suposta vítima: a mulher dele, Olga Marino, que embora não viva mais com o ex-titular do 6º Distrito Policial de São José dos Campos, ainda é casada com ele "no papel".
Durante uma longa entrevista, Olga contou que seu caso - registrado em 2009 - ainda está sem solução. Segundo ela, no final daquele ano, os dois estavam com o relacionamento de 17 anos bastante desgastado. Ela contou que sabia que, na época, seu marido mantinha um relacionamento extraconjugal com uma advogada (que continua com Damasio até hoje e está grávida dele).  

Em setembro, ainda de acordo com Olga, os dois teriam brigado e Marino teria chegado a efetuar um disparo com sua pistola calibre .40 contra ela. A discussão teria começado após Marino chegar de um churrasco. Olga diz que seu marido só errou os disparos porque estava bêbado. Os dois estavam sozinhos na residência no momento da confusão.

- Fiquei trancada em um quarto, esperando a fúria dele passar.
Ela conta ter tido dificuldade para registrar o caso nas delegacias da cidade e para contratar um advogado porque "todos temiam Damásio". Mesma assim, a mulher conseguiu registrar a denúncia, inclusive com relatos de testemunhas que disseram ter ouvido o disparo.
Olga afirma, entretanto, que esta não foi a primeira vez que Damásio a agrediu. Antes do disparo, ela conta que já tinha sido alvo de socos e pontapés de seu marido. A dificuldade em relatar os casos à Polícia Civil era constante, diz. Funcionária pública licenciada, Olga atribui ao álcool parte do comportamento agressivo que Marino apresentava quando os dois moravam juntos. 

- Ele é inteligente, batalhador, veio de família humilde. É uma pessoa boa. Se eu disser outra coisa, vou estar mentindo. Agora, quando bebe... não sei o que acontece. Eu não bebo. Mas ele se transforma depois de tomar uma 'pinguinha'. 

De acordo com a mulher, enquanto moravam juntos, Damasio bebia diariamente. Outro elemento que ajudava o delegado a ficar agressivo, do ponto de vista de Olga, era sua arma. Ela diz que bastava uma simples discussão com um flanelinha para ele mostrar o revólver e fazer ameaças.

Acusações infundadas
Em contato com o R7 por telefone - na noite da quarta-feira (26) -, o advogado de Damasio Marino, Luiz Antônio Lourenço da Silva, classificou nossa ligação como “extremamente oportuna”. Ele disse ter saído, por volta das 18h30 da quarta, da sede da Corregedoria da Polícia com o pedido de arquivamento do processo movido pela mulher do delegado. Segundo Silva, “apuração preliminar sobre os fatos fizeram com que a Corregedoria pedisse o arquivamento em função das discrepâncias entre as lesões que ela diz ter sofrido do marido e o laudo do IML.” Além disso, segundo Silva, todas as testemunhas do caso – arroladas pela própria Olga – teriam desmentido o que foi afirmado pela mulher.
- As testemunhas simplesmente dizem não saber de nada [...] Peguei hoje, mas o relatório [da Corregedoria] está datado do dia 21 [de janeiro]. Isso mostra que o crédito que estão dando a essa pessoa é o mesmo dado ao cadeirante [ em referência a Anatole Magalhães Macedo Morandini]. Vocês terão um surpresa logo. As acusações são extremamente infundadas.

Silva disse ainda que está trabalhando no processo de separação de Olga e Damasio Marino e que “está uma guerra, justamente porque ela quer todos os pouquíssimos bens do casal”: 

- Eles já se separaram, de fato, há algum tempo. Ele já tem outra noiva, que está grávida e estava com ele no dia do evento com o cadeirante.
Questionada sobre o caso, a Secretaria da Segurança Pública informou apenas que "houve uma acusação de lesão corporal registrada junto à polícia, mas a vítima (Olga Marino) não entrou com processo na Justiça. A apuração da Corregedoria já foi concluída e aguarda a apreciação de delegado corregedor de São José dos Campos".
"Não sou santa"

Olga, que tem 48 anos, também responde a processos criminais. A mulher conta que a atual companheira de seu marido fez uma denúncia contra ela por sequestro, mas afirma que seria incapaz de cometer tal crime. Olga já foi condenada a pagar R$ 300 a uma entidade beneficente por causa de ameaças feitas contra a então amante de seu marido, em 2009. 

- Olha moço, não sou santa também. Tentei defender meu casamento com todas as minhas forças. 

Em outro processo, Olga foi condenada a comparecer mensalmente no Fórum de São José dos Campos. Entre os documentos que a reportagem obteve, não aparecia a descrição do crime pelo qual Olga foi punida neste caso. 

Durante o processo de separação, Olga diz Damasio, um dia, levou todos os bens que eles tinham para uma outra residência. Ela ainda assina o sobrenome Marino.  

Segundo ela, o processo de separação - iniciado por Damasio - está parado porque ele não comparece às audiências porque teme a divisão de bens. Os dois foram casados sob o regime de comunhão parcial de bens, que prevê que tudo o que foi adquirido pelo casal depois do casamento deve ser compartilhado. 

Depois do caso da suposta  agressão ao advogado Anatole Magalhães Macedo Morandini - durante uma briga por uma vaga de estacionamento no último dia 17 de janeiro - Olga voltou a ser chamada para prestar depoimento na Corregedoria de São José dos Campos. 

Após o depoimento, Olga disse que encontrou no pátio de sua casa uma carta escrita com letras recortadas de revistas e coladas em uma folha de caderno. No bilhete supostamente enviado a ela, há uma ameaça, caso ela volte a comparecer na Corregedoria.

Morandini cadeirante agredido
Morandini afirma ter sido agredido por ex-titular do 6º DP de São José dos Campos (Foto: Arquivo pessoal)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Cadeira de rodas é proibida no Reino Unido por ser considerada um tanque

Um britânico de 36 anos, deficiente físico e com necessidade de cadeira de rodas, teve seu meio de locomoção proibido pelas autoridades do Reino Unido, que alegam que sua largura e a adaptação com esteiras fazem a cadeira ser, na verdade, um tanque.

Jim Starr possui uma cadeira com uma adaptação especial para andar em terrenos irregulares, com neve, por exemplo, chamada de TankChair. Ela possui duas esteiras (realmente, como as de tanques de guerra), é controlada por um joystick e impulsionada por um motor elétrico de 12 V. Entretanto, por suas dimensões, as autoridades britânicas proibiram que Starr utilizasse sua cadeira pelas ruas da cidade.

O site australiano The Mercury destaca que, de acordo com as diretrizes da Agência de Licenciamento de Motoristas e Veículos do RU, veículos adaptados para deficientes não podem ter mais que 85 cm de largura e 125 kg. O “tanque” de Starr possui 107 cm de largura e pesa 220 kg.

Starr de mostra indignado com as autoridades, claro, principalmente devido a intransigência da decisão. Ele afirma que não pretende andar com sua cadeira nas ruas da cidade, mas que, para andar onde ele pode andar, ele terá que passar pelas ruas, às vezes. Seu principal objetivo era ir até a praia com seus filhos, por exemplo, ou a parques ou locais de acesso mais difícil para cadeiras convencionais.

A página do Engadget mostra um vídeo (goo.gl/PfWsq) da cadeira em ação. De qualquer forma, este parece um ótimo veículo, mesmo quem não precisa necessariamente de uma cadeira de rodas.


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Secretaria participa do World Bike Tour 2011, em São Paulo

No dia 25 de janeiro, acontece na cidade de São Paulo a 3º edição do World Bike Tour 2011. Com largada, às 9h, na Ponte Estaiada, percorre a Marginal Pinheiros, com chegada à Universidade de São Paulo - USP, sendo aguardados cerca de 7.000 participantes, em um dos eventos que integram o calendário de celebração do 457º aniversário da cidade.
A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência estará presente no evento e conta com a participação da Secretária da Pasta, Doutora Linamara Rizzo Battistella, e 14 Instituições representadas por pessoas com e sem deficiência, que fizeram as suas inscrições por meio da Secretaria. O grupo constituído utilizará 58 bicicletas, algumas com modelos adaptados para
pessoas com deficiência, definidas em 20 Tandems (operada por mais de uma pessoa), 18 Handbikes (utilizada por cadeirantes) e 20 convencionais, sendo 10 para pessoas com deficiência intelectual e 10 para a equipe de apoio.
Todos os participantes inscritos têm direito ao Kit Bike Tour, constituído por camiseta, mochila, capacete, medalha e bicicleta, que poderão ser levados para as suas casas após o evento.
No dia 22, sábado, também acontece em São Paulo, no Estádio do Pacaembu, o Kids Bike Tour2011. Com distâncias adequadas às diferentes faixas etárias, estarão definidos diferentes percursos bem junto ao gramado do estádio. As competições infantis foram divididas em quatro faixas etárias (2 a 3 anos, 4 a 5 anos, 6 a 9 anos e 10 a 11 anos). Os familiares poderão assistir a todo o evento, confortavelmente instalados na arquibancada.
Mais informações no site: www.worldbiketour.net

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Multirão da Inclusão através das emendas

Sugestão do "Movimento Inclusão Já" tem como objetivo avançar nas questões de acessibilidade e inclusão das pessoas com deficiência. Os vereadores Aurélio Miguel e Adolfo Quintas, da cidade de São Paulo, já aderiram ao Mutirão.

No dia 05/12/10, Valdir Timóteo, presidente do "Movimento Inclusão Já", encaminhou a Câmara Municipal de São Paulo uma sugestão para possível realização do projeto idealizado por ele e pelo "Movimento Inclusão Já" chamado "MUTIRÃO da INCLUSÃO ATRAVÉS de EMENDAS". 

De acordo com Valdir: “O MUTIRÃO DA INCLUSÃO ATRAVÉS DE EMENDAS é uma forma de acelerarmos o processo de construção da acessibilidade nos equipamentos públicos da Cidade de São Paulo, assim deixando menos dificultoso a vida das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Caso os vereadores concordem em destinar uma pequena parte da verba de quase três milhões que cada um deles tem direito, estaremos avançando muito nas questões de acessibilidade e inclusão das pessoas com deficiência. 

Emendas são recursos ou verbas que os vereadores, deputados e senadores têm direito a certo valor, e podem destiná-la no que julgarem ser prioridade e de interesse público. Se conseguirmos implantar o mutirão estaremos avançando muito na questão da inclusão. Assista o vídeo...

Para iniciarmos o "Mutirão da Inclusão através de Emendas” devemos ver os equipamentos públicos que necessitam das adaptações e solicitar as secretarias responsáveis, o levantamento dos custos do que deve ser feito e encaminhar aos vereadores, deputados ou senadores que queiram participar do mutirão. Tenho certeza de que várias casas legislativas vão adotar essa sugestão. Nos ajudem a emplacar o MUTIRÃO dando sugestões e divulgando esta ideia.”

No dia 07/12/10, Valdir Timóteo visitou novamente a Câmara Municipal de SP, a fim de recrutar vereadores para o "MUTIRÃO da INCLUSÃO ATRAVÉS de EMENDAS". O vereador Aurélio Miguel, muito sensível à causa, aderiu ao mutirão e se comprometeu a empregar recursos para a compra de brinquedos adaptados, assim como construção e reformas de banheiros e trocadores adaptados para uso de crianças e pessoas com deficiência.


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Pessoas com deficiência poderão ter direito a BPC sem comprovar renda

 
Foto: Agência Câmara

De autoria do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), a Proposta de Emenda à Constituição 528/10 dispensa pessoas com deficiência intelectual, com autismo ou com deficiência múltipla da comprovação de renda familiar mínima para ter direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC).Os beneficiários recebem um salário mínimo por mês.

Pelas regras atuais, para ter direito ao BPC, os portadores de deficiência precisam comprovar renda mensal familiar per capita de até 1/4 do salário mínimo. A exigência é a mesma para idosos. Pela Lei 8.742/93, que estabelece os critérios para concessão do benefício, o interessado também deve comprovar incapacidade para o trabalho.
A Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, da Organização das Nações Unidas, aprovada e ratificada pelo Brasil, define pessoas com deficiência como "aquelas que têm impedimentos de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas".
Qualidade de vida
Para Eduardo Barbosa, as pessoas com deficiência, mesmo que pertençam a família com renda superior ao limite previsto na lei, "não têm garantia de preservação de sua qualidade de vida em idade mais avançada". De acordo com ele, trata-se de um tipo de vulnerabilidade mais severa, que gera desigualdade também mais acentuada.

O deputado acrescenta que, nesses casos, geralmente a família tem de arcar com custo maior, em razão, por exemplo da necessidade de contratação de cuidadores. Caso não tenha recursos para esses cuidados, segundo ele, a tarefa acaba sobrecarregando algum membro do grupo familiar, geralmente a mãe. O critério para concessão do benefício nesse caso, na opinião do deputado, "deve ser a situação de vulnerabilidade social".

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Delegado que agrediu cadeirante é afastado do cargo


O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, determinou no fim da tarde desta quinta-feira (20) o afastamento do delegado titular do 6º Distrito Policial de São José dos Campos, Damasio Marino. Ele deixa o cargo depois da agressão a um cadeirante na segunda (17) no Centro de São José, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo.
Em nota, a secretaria informou ainda que a Corregedoria da Polícia Civil instaurou procedimento administrativo para apurar a denúncia da agressão. Marino pode responder por lesão corporal dolosa.
A briga começou por causa de uma vaga exclusiva para deficientes físicos. O advogado Luiz Antonio Lourenço da Silva, defensor do delegado, foi procurado pela reportagem para comentar a decisão do secretário. No entanto, até as 19h15, não havia sido localizado.
O advogado Anatole Magalhães Macedo Morandini, que é cadeirante e tem 35 anos, disse ao G1 nesta quinta que na segunda-feira, por volta das 17h, foi de carro a um cartório. Ao procurar a vaga exclusiva na rua, encontrou outro veículo estacionado nela. “Não tinha nenhum selo nem nada que sugerisse que o proprietário fosse deficiente”, afirmou.
Morandini encontrou um lugar mais à frente, a cerca de 200 metros, estacionou e, em seguida, seguiu em sua cadeira de rodas até o cartório. Quando se aproximou da entrada, viu o delegado Damasio Marino, que não é deficiente, caminhando até o veículo parado na vaga especial.
“Fui chamar sua atenção. Mas ele me constrangeu fisicamente. Ficou em pé na minha frente. Mesmo assim, disse que ele estava errado", contou. Ainda de acordo com o advogado, ambos começaram a trocar insultos e o policial o xingou de “aleijado filho da p...”. “Revoltado e enojado”, Morandini cuspiu na direção do delegado. Em sua versão, o cuspe atingiu o vidro do automóvel. Marino, porém, disse que recebeu a cusparada no rosto.
“Ele sacou uma arma e perguntou se eu queria morrer. No momento, não sabia que ele era policial. As pessoas que passavam pela rua saíram correndo”, contou o advogado. “Quando ele mirou na direção da minha cabeça, só consegui virar o rosto”, acrescentou Morandini, que ficou paraplégico aos 17 anos após levar um tiro na coluna durante um assalto.
Versões
A versão dos dois difere em relação à agressão que se seguiu. O advogado disse que recebeu uma coronhada na cabeça e que teve o rosto atingido pela ponta da arma. O delegado, porém, negou ter sacado a pistola, segundo sua defesa. “Ele deu dois tapas no rosto dele. Apenas reagiu a uma cusparada”, disse ao G1 pela manhã o advogado Luiz Antonio Lourenço da Silva, defensor do delegado.

Questionado sobre o fato de o policial ter estacionado em uma vaga exclusiva, o defensor afirmou que a noiva de Marino, grávida de 4 meses, não se sentia bem. “[Morandini] quis se prevalecer por causa de sua condição de cadeirante”, afirmou.
Ambas as partes afirmaram que tomarão providências quanto ao ocorrido. “Ainda estou tomando medidas cabíveis, uma vez que fui humilhado, desrespeitado e constrangido por uma autoridade pública”, disse Morandini. O delegado, por sua vez, disse ter feito uma representação em um distrito policial da cidade e acionado a Comissão de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Movimento Inclusão Já - Parque Iberapuera

A matéria abaixo foi extraída do Jornal Fato Paulista, edição nº 97. Nesta matéria você entenderá como iniciou o processo de adaptação no Parque Ibirapuera. O presidente do Movimento Inclusão Já, Valdir Timóteo, juntamente com os membros do movimento, iniciaram o processo de reivindicação pela acessibilidade no parque em dezembro de 2008. Veja abaixo, como tudo aconteceu:

O diretor do DEPAVE 5 (Departamento de Parques e Áreas Verdes) de São Paulo, Heraldo Guiaro, recebeu, no dia 8 de fevereiro (2009), integrantes do movimento Inclusão Já em uma reunião para discutir a falta de acessibilidade nos parques de São Paulo. 

De acordo com Valdir Timóteo ( foto acima), coordenador geral do movimento Inclusão Já, a reunião se deu pelo seguinte motivo: Em dezembro de 2008, um grupo de cadeirantes, do qual ele fazia parte, esteve em um passeio no Parque do Ibirapuera. Nesse dia, as vans do Atende (programa da Prefeitura que disponibiliza transportes aos portadores de deficiência) foram proibidas de entrar no parque e os cadeirantes tiveram que desembarcar do lado de fora. 
Após uma reclamação e em uma segunda visita, essa no dia 25 de janeiro – aniversário de São Paulo – o grupo voltou a se reunir no Parque do Ibirapuera. Dessa vez, conseguiram desembarcar dentro do parque, porém o problema foi quando um deles precisou ir ao banheiro. Depois de uma longa procura, isso por conta da falta de placas de sinalização, o grupo encontrou um banheiro fechado com cadeado. Valdir avisou os seguranças, que abriram o banheiro, o qual ainda precisava ser limpo para depois ser utilizado. Diante da situação, Valdir entrou em contato com a Secretaria do Verde e Meio Ambiente - SVMA. A administração alegou que o banheiro estava fechado para reformas e depois de um pedido de desculpas, Valdir foi convidado por Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho, secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, para apontar as irregularidades encontradas por ele no parque, em termos de acessibilidade. "É muito fácil ser deficiente físico, isso qualquer um pode vir a ser um dia, o difícil é ter os direitos respeitados", reclamou Valdir. 

Na manhã do domingo, dia 8, os integrantes do movimento chegaram por volta das 10 horas para um "passeio pelo parque" com Heraldo Guiaro ( foto abaixo). Logo no início, Valdir ofereceu ao diretor do DEPAVE uma cadeira de rodas para que ele não só testemunhasse, mas também “sentisse na pele” as dificuldades pelas quais passam as pessoas com deficiência em um local com pouca acessibilidade. 

Durante o trajeto, que teve inicio na marquise, próxima ao o Museu Afrobrasil, foram registrados alguns problemas, tais como: calçadas irregulares e esburacadas, rampas também irregulares, falta de placas indicativas, falta de acesso para pessoas com deficiência ao playground e grelhas inadequadas nos bueiros. Valdir reclamou também da distância entres os banheiros, das portas que são pequenas para a passagem das cadeiras de rodas e sugeriu ainda que ao lado dos banheiros fossem construídos trocadouros para as crianças e também para as pessoas com deficiência. Além disso, o coordenador do Movimento Inclusão Já entregou a Heraldo um documento contendo sugestões para melhorar a acessibilidade, entre elas o treinamento de funcionários para lidar com os diferentes tipos de deficiência e projetos de brinquedos adaptados para crianças com deficiência. "Quando uma criança com deficiência vai ao parque, ela não tem como brincar e tem que ficar só olhando as outras brincando. Isso faz com que ela se sinta mais excluída", reclamou Valdir. 

O chefe de gabinete da SVMA Hélio Neves (foto), que passeava com o filho pelo parque, veio se juntar à "caravana" e também foi convidado a andar de cadeira de rodas, tentou por alguns instantes, mas desistiu e seguiu a pé até o final do trajeto que "por coincidência", acabou no Jardim das Esculturas, um espaço que destoa de todo o resto do parque por ser considerado o espaço da acessibilidade, com grelhas corretas nos bueiros e rampas padronizadas. "Esse é um exemplo para ser usado no parque inteiro", observou Valdir. 


No fim do "passeio", Heraldo Giaro afirmou que deve tomar providências imediatas para resolver os problemas mais visíveis, como os buracos na marquise, a padronização das rampas e as portas dos banheiros. "É claro que não estou falando hoje para fazer na segunda-feira, temos que considerar o tempo médio da prefeitura, mas vou tomar providências", explicou e disse ainda que vai analisar a proposta dos brinquedos adaptados. Quanto às placas de sinalização e a construção de novos banheiros: "É muito difícil fazer mudanças que não estão previstas no plano diretor, até mesmo estando no plano diretor é difícil. Uns vão a favor outros contra, não é tão fácil, é uma dificuldade danada", opinou Hélio Neves.
Sobre ser cadeirante por um dia, Heraldo (foto) disse que foi uma experiência marcante: "São braços que são utilizados como pernas. São situações que passam desapercebidas pelas pessoas que caminham com as pernas, mas temos que entrar em contato com o problema". Questionado sobre o motivo da falta de acessibilidade nos parques da capital o diretor respondeu: "Quem constrói os parques, as rampas, geralmente faz parte da grande maioria que não sofre com problemas de acessibilidade". 

Segundo Valdir, a proposta para o Parque do Ibirapuera servirá de base para adaptações em outros parques da capital. Heraldo Guiaro diz que pretende manter uma relação estreita com o movimento Inclusão Já para resolver os problemas. É esperar para ver.


Leia mais: http://www.deficienteciente.com.br/2011/01/movimento-inclusao-ja-e-acessibilidade.html#ixzz1Bh4oR7uC

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Programa Frebrabam de capacitação profissional para pessoas com deficiência

Delegado bate em cadeirante em briga por vaga especial em São José dos Campos (SP)

FÁBIO AMATO
DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Um advogado cadeirante apanhou de um delegado em São José dos Campos (91 km de São Paulo), em briga por estacionamento em vaga pública reservada para pessoas com deficiência.

O advogado Anatole Magalhães Macedo Morandini, 35, diz que foi agredido com coronhadas.

Lucas Lacaz Ruiz/Folhapress
Advogado Anatole Morandini, que foi agredido por delegado em briga por vaga em
 estacionamento no interior de SP
Advogado Anatole Morandini, que foi agredido por delegado em briga por vaga em estacionamento no interior de SP
Já o delegado Damasio Marino, por meio de seu advogado, afirma que não o bateu com arma de fogo, mas que lhe deu "dois tapas".
A briga começou quando Morandini flagrou o delegado, que não tem deficiência, estacionado na vaga especial, em frente a um cartório na região central de São José, e foi tomar satisfações.
"Ele [delegado] me chamou de aleijado filho da puta. Eu fiquei enojado, e a única coisa que consegui fazer foi cuspir no carro dele, porque me senti desrespeitado."
Ainda segundo Morandini, o delegado do 6º Distrito Policial da cidade, além de lhe dar coronhadas, também bateu em seu rosto com a ponta da arma.
Ele mostrou à reportagem uma camiseta com manchas de sangue, que diz ser consequência da agressão. Uma funcionária do cartório também diz que viu Morandini sangrando após a briga.
"Ele apontou a arma, fez mira. A única coisa que eu fiz foi virar o rosto devido ao trauma que já tenho", contou o advogado, referindo-se ao tiro que levou durante um assalto, aos 17 anos, e que o deixou paraplégico.
Já o defensor do delegado diz que ele é que foi intimidado e que estava parado na vaga especial porque sua mulher está grávida.
A corregedoria da Polícia Civil abriu inquérito para apurar a suspeita de lesão corporal dolosa (quando há intenção ou se assume o risco de cometer o crime).
Lucas Lacaz Ruiz/Folhapress
Delegado bate em cadeirante em briga por vaga especial em São José dos Campos, no interior de São Paulo
Delegado bate em cadeirante em briga por vaga especial em São José dos Campos, no interior de São Paulo

OUTRO LADO
O advogado Luiz Antonio Lourenço da Silva, que representa o delegado Damasio Marino, negou que seu cliente tenha agredido com coronhadas o também advogado e cadeirante Anatole Magalhães Macedo Morandini.
Silva diz que Damasio deu "dois tapas" em Morandini, mas só depois de ser xingado e receber uma cusparada. Para Silva, "esse cadeirante procurou o confronto."
O advogado também negou que Damasio tenha xingado Morandini ao ser repreendido. Segundo Silva, o delegado reagiu após Morandini cuspir em sua cara.
"Ele [delegado] não entendeu o que estava acontecendo. Desceu do carro e o cara veio com a cadeira de rodas para cima dele. [Morandini] cuspiu de novo e o xingou, então ele [delegado] pegou e deu dois tapas no cara."