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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Fotógrafa vence o preconceito e trabalha com modelos com deficiência física


Superar deficiências físicas e mergulhar no trabalho de modelo é o que a fotógrafa Kica de Castro, de 32 anos, proporciona a jovens que sofrem com o preconceito. Ela montou uma agência de modelos para trabalhar com pessoas que tenham algum tipo de deficiência física depois de trabalhar num hospital e centro de reabilitação. “Em 2002 aceitei o convite para fazer fotos científicas em um hospital e centro de reabilitação para pessoas com deficiência física”, contou.
Entretanto, apesar de ter ficado na instituição durante cinco anos, o trabalho não satisfazia a fotógrafa. “Eram fotos muito quadradas, pareciam presidiários. Então comecei a fazer fotos para resgatar a auto-estima das meninas e percebi que elas tinham sonhos”, disse. Kica afirmou que algumas pacientes tinham sonhos de serem modelos, mas sofriam preconceito por terem nascido ou sofrido alguma deficiência física na vida.
Durante o tempo em que trabalhou no hospital e centro de reabilitação, a fotógrafa fez pesquisas sobre o assunto. “Percebi que há muito mercado para modelos com deficiências físicas”. Segundo ela, na Alemanha existe um concurso chamado “A mais bela cadeirante” e na França há uma espécie de reality show para pessoas com deficiência física.
A fotógrafa uniu o útil ao agradável: montou a agência e começou a oferecer as fotos das modelos com deficiência física para alguns amigos empresários. “Como eu já havia trabalhado com campanhas publicitárias, procurei alguns amigos empresários. Mas todos recusavam porque as meninas tinham alguma deficiência. Então comecei a apresentá-las como se não tivessem nenhuma deficiência e todos topavam na hora”, revelou.
O preconceito, desabafou a fotógrafa, é difícil de vencer. “Depois que os empresários ficavam sabendo que as modelos tinha alguma deficiência física, muitos desistiam. Os que continuavam pediam para não dizer que as meninas eram deficientes”, contou. Como isso acabava prejudicando a auto-estima das próprias modelos, a fotógrafa procurou uma empresa da Alemanha. “Eu fotografava aqui e mandava o material profissional para lá. Eu e as modelos éramos remuneradas”, disse.
Uma das modelos destaques que Kica fotografou é a paranaense Daiane Lopes, de 27 anos. Ela é natural de Apucarana e conheceu a fotógrafa por meio de um amigo em comum. Mudou-se para São Paulo e já realizou diversos trabalhos. “Já fez fotos para uma revista especializada no público deficiente e uma campanha publicitária de lingerie”, contou.
Kica destacou o profissionalismo da jovem. “Ela tem muito carisma. Apesar dos movimentos da perna serem comprometidos e de ter problemas na fala, quando ela tira as muletas nem parece que tem deficiência”, ressaltou. Daiane parece ter familiaridade com o estúdio. “Ela tem um carisma natural”, definiu.
Neste ano, a fotógrafa fechou contrato por cinco anos com a agência alemã. “Em maio embarco eu e mais duas modelos, uma de Santa Catarina e outra do Mato Grosso”, comemorou.

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